Levantamento de Capital Estrangeiro para Empresas Brasileiras: Riscos, Dificuldades e Oportunidades na Indústria Blockchain

Introdução

A indústria de blockchain emerge como uma plataforma promissora para startups brasileiras, oferecendo um novo horizonte de inovação em tecnologia e finanças. No entanto, expandir e manter essas iniciativas exige acesso a capital, algo que pode ser escasso no Brasil. Nesse contexto, o capital estrangeiro representa uma alternativa crucial, embora acompanhada de desafios específicos. Este artigo explora os riscos, dificuldades e oportunidades para empresas brasileiras que buscam financiamento internacional, com foco na indústria blockchain.

Conhecendo a Synchro Finance

Para entender o cenário e as oportunidades do levantamento de capital estrangeiro, conversamos com Luiz Fernando, fundador da Synchro Finance, uma empresa que ajuda pequenas e médias empresas a acessar o mercado financeiro internacional. Luiz tem uma trajetória vasta no setor, começando com a Telecorp, uma das primeiras empresas de internet no Brasil, antes de expandir seus negócios para os Estados Unidos. A Synchro Finance busca democratizar o acesso a capital estrangeiro, empregando tecnologias como Open Banking e APIs de IRPs para que empresas se conectem a financiamentos de forma discreta, usando apenas um identificador, ou “ticker”.

Memecoins: Um Desafio ao Sistema Financeiro Tradicional?

As memecoins ganharam popularidade como uma alternativa irreverente ao sistema financeiro tradicional (TradFi). Jovens, cansados de promessas vazias e um sistema que parece estar contra eles, estão buscando essas moedas não pelo seu valor intrínseco, mas pelo que representam: um “não” ao establishment financeiro. Em vez de legitimidade, elas oferecem personalidade e um toque de rebeldia, e é exatamente isso que as torna tão atraentes.

O Contexto de Desconfiança no TradFi

O sistema financeiro tradicional enfrenta um cenário de crescente desconfiança. A estagnação dos salários diante dos aumentos exorbitantes nos preços de moradia e a inflação corroendo o poder de compra alimentam o ceticismo de jovens e investidores de varejo. Para muitos, apostar em memecoins é um ato de “niilismo financeiro”, onde o risco é preferível à segurança oferecida por um sistema que, na prática, não se mostra vantajoso para eles.